segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Histérica, a beira de um ataque de nervos

Acho válido escrever enquanto as emoções estão latentes, enquanto elas tomam conta de você.. Como o título diz, me sinto uma daquelas figuras de cabelo ruim, sobrancelhas arqueadas, salivando pelos cantos da boca e capaz de enfrentar qualquer um que passe por seu caminho.



O fato é que hoje faz exatamente 10 dias que estou sem o maldito Efexor XR ( a droquinha mágica que me fazia bem, deixava minhas relações com as pessoas bem mais agradável, me tornava um cordeirinho e propiciava momentos antes impossíveis de imaginar - pensando bem, ele não é tão maldito assim). Anyway... somado ao fato que estou passando pela tão famosa TPM (dizem que quem faz uso de anticoncepcionais não passa por isso... mas é MENTIRA!!!! Estou aqui para provar!!!), ao stress que uma casa nova pode trazer, e a ansiedade propiciada pelo desemprego, digo em bom e alto som: NÃO ME AGUENTO MAIS (as teclas do notebook são prova de como a energia está "pesada"). 


Meus nervos estão realmente superexcitados, tenho de tomar cuidado ao lidar com o namorado, ainda choro por qualquer coisa, e meu lado Pollyana está escondido em algum lugar da minha mente... 






Cadê minha capacidade de ver o lado bom das coisas? Sinto falta da segurança e paciência que tinha antes, de andar pelas ruas e não invejar o próximo, de ver uma família com um bebê lindo no shopping e não precisar chorar. Sinto falta de ter crescido; me sinto um adolescente idiota e criança, afobada e querendo tudo para ontem, não podendo ser contrariada..



Sei que existem vários fatores influenciando essa minha sensibilidade aumentada, essa minha instabilidade emocional exacerbada, mas... AS PESSOAS NÃO TEM QUE AGUENTAR ISSO!!!! O medo de magoar quem se gosta, de falar algo que não possa ser remediado (aquela história de que "palavras são como flechas lançadas, que não voltam mais"... alguém disse isso uma vez; eu li e não gravei o autor), de tomar alguma decisão em alguma destas crises e me arrepender de maneira enorme, depois. Já falei que acabei cedendo   a um momento de crise e acabei deletando meu Orkut? "Tipo assim", pra sempre. "Tipo assim", muitos dos meus contatos, colegas de segundo grau, por exemplo, foram pro saco e nunca mais ficarei sabendo se casaram, se tiveram filhos, se o pai morreu. Arrependimento do fato? Momentaneamente, mais pelo fato de apagar estas pessoas da minha vida virtual e pelas váááárias fotos de meus álbuns, algumas delas raras e que nem faço ideia se tenho salvas.




Ao menos consegui contato com minha psiquiatra agora pela manhã. Como previ, ela não pode fazer muita coisa. Terei de ligar novamente na quarta para tentar horário na quinta. Ela levantou a possibilidade de inserir um outro "remedinho", coisa que não queria, não quero e que ela terá de ser muito persuasiva para me obrigar a tomar. 
Minha ideia de vida, um dos meus objetivos, já deixo aqui publicado: viver uma vida normal, sem depender de drogas para viver. Há muito tempo convivo com drágeas, comprimidos e afins, e cada célula de meu corpo deve ter um aditivo químico artificial nela. 


Escrever me fez bem. O Rivotril também. Estou bem mais calminha, e a fome bateu. Mamãe está chamando para consumir a comida ainda quente, o que vou fazer antes que tenha que colocar em ação o microondas... FUI!!!

Um comentário:

Anônimo disse...

Obrigado pelo post útil! Eu não teria chegado a este o contrário!